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Mostrando postagens de setembro, 2013

ESSE É O FIM

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ESSE É O FIM - Por Paulo Siuves     Vou lhes contar como foi o meu fantástico retorno ao lugar onde jamais estive e como fui aclamado com gritos e brados de vivas por uma multidão de mudos. Uma avenida se estendeu ante mim e conduziu-me à ausentes abraços, beijos inexistentes, risos sarcásticos, promessas de amor eterno, olhares lânguidos e carregados de paixão e sanha!      Vejo gente morta andando pelas praças como se ainda sangue corresse-lhes nas veias emurchecidas, perfuradas, injetadas por agulha infectada. Estou seguindo cegos, sendo guiado por loucos. Estou comendo gelo, alimentando-me de nuvens. Comendo ondas do mar, bebendo visões do deserto. Ilusões maléficas enredaram como lantejoulas em renda pobre.      Beber uma cachaça não é meu feitio, lanço dardos ao alvo e nunca acerto. Peço que me pague uma bebida e nunca aceito. Eu mesmo não bebo! Minha língua está seca e colou no apgar. Um terrível de Matancã me estendeu o cajado e guiou meus passos por pastos flamej

Devaneios

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D E V A N E I O S           Um pensamento surge e traz nostalgias secretas, impudicícias da alma do homem. Um livro secreto, fechado, com letras misteriosamente codificadas.            Segredos do passado atormentam e afligem mais que deveriam, mas ao mesmo tempo traz uma nostalgia, um semiorgasmo contido no fundo da lembrança, ele sabe que ninguém deve ter a chave desse livro, seu código está seguro enquanto estiver em seu coração, em sua mente atormentada.            Em seu colar de devaneios que ele traz ornando seu peito molhado de suor, um crucifixo repousa entre os pêlos e os músculos, sobre o coração aflito pela lembrança que lhe ocorre.            Mas ele vai vivendo. Vai olhando seu segredo subir e se esconder, sua chave está segura em seu pensamento e sua lembrança tranquila em seu coração! Por Paulo Siuves