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Mostrando postagens de janeiro 4, 2012

Eu fugí

Eu fugí Hoje eu decidi fugir de casa Como um adolescente cheio de si Quando todo mundo menos esperar Vão descobrir que eu fugi Não penso se, ou talvez, ou quem sabe... Estou até cansado de pensar Sou tão imaturo e egoísta e infantil Que essa decisão não pode mais esperar Aonde vou, como, quando e porque, Meia dúzia de três ou quatro o sabem. Não sou forte o bastante para lutar Contra o destino, que o matem! Alguém vai morrer, não sei; Digo sempre que não sei, ou esqueci. Quando todos descobrirem Vão dizer: – “Covarde...”, eu fugi. Por: Paulo Siuves

E se?! (O grito)

E se?! (O grito) E se ninguém mais quiser ter filhos? Se um dia descobrirmos que  não existem mais crianças,  como se tivessem cassado as parturientes  para não mais ouvirem o choro dos bebês?  Para ninguém mais se sentir envelhecido  ao ser chamado de vovô e vovó? E se ninguém mais quiser votar nas próximas eleições?   Descrentes nos políticos e em seus  meios inexoráveis de fazer política.  Se os estudantes não se candidatarem  à ocupação de cargos públicos  com fobias ao poder que corrompe, corrói, mata, dói??? E se ninguém mais quiser acreditar quando alguém,  olhando nos olhos, com as mãos trêmulas e úmidas,  sentindo a garganta seca, apertada,  como se houvesse se dado um nó,  usando de toda sinceridade disponível  para abrir a boca para dizer o que todo mundo deseja ouvir  de outro alguém com quem se tem sonhado acordado,...