Postagens

Mostrando postagens de dezembro 31, 2011

Bandeira Esperança

Bandeira Esperança Quando penso em todos os esforços de muitos por ai em prol de tantas bandeiras levantadas pelos quatro cantos da terra e sendo defendidas com lágrimas, suor e sangue, só respondidas por palavras e palavras, são tantas as palavras pelo ar que vão e vem como as ondas do mar e às vezes são tão bonitas e brilhantes como o pôr-do-sol que enchem os olhos, alguns olhos azuis, outros verdes como a esperança desses tantos que empunham essas bandeiras lavadas em lágrimas, lágrimas de quem vê as crianças pelas ruas, crianças que geram crianças e são rejeitadas, como se tivessem nascidas numa nação sem bandeira, uma bandeira molhada no suor de um povo sem terra, que marcha sob o sol e pede clemência, pede o direito de plantar e ter o orgulho de levantar uma bandeira, uma bandeira manchada de sangue dos animais que vão se extinguindo e dos homens que tentam evitar que os nomes desses animais sejam apenas lembranças, de tantas esperanças, lembranças de tantas bandeiras banh

Pequena brincadeira na hora do almoço.

Imagem
Pequena brincadeira na hora do almoço noParque Municipal Fazenda lagoa do Nado. Paulo Siuves                             - Baixo Rodrigo Magalhães                   - Bateria Carlos                                       - Guitarra Wallisson Serra                         - Teclado Ricardo Nascimento                  - Sax alto Sylvio Nascimento                    - Trompete Sylvio Nascimento é presidente da OMB e regente da Banda de Música GMBH. A música é One Night in Tunísia.

As quatro estações

As quatro estações Ah, como é bom quando chega o inverno! E eu sinto a minha pele fria Tocar a sua pele quente, sob a luz da lua, Que alumia sutilmente a escuridão do nosso leito. Sim, como é bom quando vem chegando a primavera... O teu perfume pelos campos plagiado pelas flores Eu respiro esse cheiro que exala do teu corpo E, louco, foge para o campo onde as flores o copiam. Sinta, quão gostosa é a chegada do verão Tua pele se bronzeia pelo astro generoso Mas por ti estão ocultas ao generoso sol Caminhos que não são segredos para mim Eis que enfim chegou o triste outono, Trouxe em mãos manhãs acinzentadas Mas quando acordo ao teu lado, amor da minha vida, Até as tristes manhas de outono, são eternos momentos de prazer... Por Paulo Siuves

Haja Paciência

Histórias de ônibus Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fato real é mera coincidência. Haja Paciência      A gente sempre ouve aquele bordão da TV: – Pergunta idiota, tolerância zero!!!      Mas convencionemos uma coisa, pra trabalhar dentro de coletivos urbanos, dar quatro, seis, oito viagens por dia, há de se ter saco de papai Noel pra vencer a jornada e se esforçar para não se lembrar do dia por vir.      Concordo que, às vezes, não dá tempo de formular uma pergunta antes de abordar um desavisado com uma interpelação mais que objetiva na hora do aperto nosso de toda hora, mas não entendo como, imediatamente após a abordagem, o interpelado responde com um irreverente, sarcástico toma-lá-dá-cá...O riso é irreprimível e totalmente desculpável, apesar de ser inconveniente, tal situação o perdoa.      Por exemplo: Uma situação que acontece todos os dias nas grandes cidades onde o transporte público é praticamente uma cópia, de cidade em cidad

Arquivo queimado

Arquivo queimado    Começou cedo uma carreira criminal, o carinha queria mesmo divertir-se a valer, festinhas caras, garotas raras, intenso prazer.    Descolou com amigos um trampo legal, afastava a imagem de um delinquente animal, sabia as esquinas de fácil acesso, a erva leva a conhecer esse pequeno universo. Um sexo promiscuo e chato fazia o tempo passar numa boa, amigos sumindo, sonhos iludidos, parentes apontavam o fraco caráter.    O risco corria para viajar numa boa, a dose mais cara forçava a barra, o assalto não demorou a chegar, uma nove milímetros, proteção a guiar.    Conheceu a barra fria, o pau-de-arara e o chorar. Envolveu-se ainda mais com a vida secular. Do lado de dentro comandou operações, vendo o sol nascer quadrado machucando os corações.    Conseguiu a redução da sua pena, não sabia que ao sair ele sumiria de cena, na avenida a luz maçante de muitos anos seguidos, sob escadas desce escadas com o pó branco conseguidos. Mais ou menos onze e meia sua s

Aqui tem

Aqui tem Aqui tem quem tem, quem não tem também tem. Aqui tem quem quer ter, e tem quem não quer ter. Tem também quem tem quem não tem, mas quem não tem não tem quem tem.  Tem quem tem querer, quem querer quer ter, quem não quer ter? Quem querer quer ter tem que ter quem tem. Quem tem quem tem simplesmente tem, mas quem tem quem não tem, pensa que tem, mas nada tem, pois tem quem quer ter, e quem quer ter não tem querer, ou quer sem querer.  Quem tem, tem querer, ou quer sem querer, mas tem porque tem. Quem não tem querer, quer sem ter poder de querer. Diz o ditado “- Eu que sou eu não tenho querer, ‘ocê querer quer ter?”. Enfim: Quem tem, tem. Quem não tem, tivesse... Por: Paulo Siuves