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Mostrando postagens de outubro 22, 2019

Não serei o poeta de um mundo caduco.

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Estou preso na vida, e desconheço quem odeia essa prisão. Vez ou outra, ouço falar de alguém que quis se libertar, fugir rasgando as grades desse cárcere e dando adeus à prisão "vida", mas, no fundo, tenho certeza que algumas dessas pessoas esperavam ser reincidentes e voltar para a prisão. Coisa que não acontece jamais.  Pela janela dessa cadeia posso ver apenas uma paisagem, vasta, infinita, que vai escurecendo como um eterno crepúsculo; o passado. Olho para fora da vida e vejo o passado tão límpido, tão nebuloso, tão... tão... tão passado que chego a me enjoar. Queria que houvesse outra janela, na parede oposta, onde eu pudesse ver a outra paisagem; o futuro. Talvez, vendo as coisas por esse outro lado da cadeia eu pudesse compreender certas coisas. Coloco o ouvido encostado à parede e tento escutar o que vem do futuro... ruídos incompreensíveis, nada mais.  Às vezes me deito e olho para o teto presente. Como se fosse uma película tão rápida... a velocidade é