Atormentado
Meus heterônimos vão se calando e a mim se fundindo sob uma tormenta avassaladora. A cada passo um deles se aproxima de mim e começa a pisar exatamente onde eu pisei. Eles não querem mais sair na noite para serem simplesmente notívagos felizes, querem a segurança de um futuro com casa, comida e plantas para cuidar. Heterônimos que têm a mesma filosofia; que o ortônimo não precisa existir. Eu falo por mim mesmo e não preciso da ajuda do anonimato conveniente ofertado pelo outro eu. Se eles pensam que vão entrar na minha cabeça e instalar seus quartos de dormir na minha desordem, eles que comecem a escrever suas epitáfios... Paulo Siuves