Paulo Siuves

Minha alma buscou a sua alma E a distância que entre nós havia  Já não significa mais nada.  Conheço-te de vidas distantes  E amo-te desde sempre e sempre.  Nossos corpos conduzem almas Que se desejam, se precisam,  Que, ardentes, se querem muito além Da compreensão do ser humano Da mera existência temporal. Alguma fração de segundos É o suficiente p’ra extasiar Meu corpo com a sua presença E seu sorriso aperaltado  É mais que tudo o que preciso  Levar comigo dessa vida.  Meu corpo tão só a ti pertence,  O meu coração é teu somente,  As Minhas mãos a ti procuram O meu abraço busca o teu corpo E meus beijos caçam teus lábios  E todo o meu ser quer você aqui agora.

"Grande Professorinha" "Vai ser bela assim..." Pensava ele! "Incrivelmente Bela!" E olhava-a de alto a baixo.  "Verdade seja dita..." e sua moral cristã o açudava. "Indizível, sua beleza..." Divagava ele consigo, pensativo. "Adjetivos pueris inexistem para ela." Observava-a em silêncio... "Nunca vi alguém tão bela." Confirmando sua aprovação. "Será ela casada?" Observando as mãos delicadas dela. "Eu acho que sim." Ele suspirou pesaroso. "Isso é pecado! " Reprimia-o sua consciência cristã.  "Xxiiiiii." Fez ela para a classe. Ele desviou o olhar. "Assim vou ser reprovado." Folheando o caderno de Gramática. "Será que ela..." E ele começava a copiar a matéria do quadro. Por Paulo Siuves