Às vezes, bicicleta!
Às vezes, bicicleta!
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Um asfalto novinho. O vento batendo no
rosto. Só curtindo as pessoas que iam ficando para trás...
Sobre as duas rodas da minha magrela a
diversão era garantida. Minha bicicleta não era um “Camêlo”; era e sempre será
a minha Magrela.
A gente curtia de montão sair juntos,
pedalando, pelos asfaltos da vida. Eh, vida, que mundão!!
Às vezes a turma do bairro se reunia lá na
porta da igreja de São Tiago Maior e ia em grupo curtir uma volta. Às vezes íamos
longe, dar a volta na lagoa. Mas às vezes, era jogo rápido, só uma pedalada e já
voltávamos.
Só era preciso saber um pouco da manutenção.
Pra mim era tipo criar um bichinho de estimação, era preciso dar banho, por óleo
na corrente, ajustar os freios, entre outras coisas. Eu gostava de por
adesivos. Era só aparecer alguma parte descascada que tascava um adesivo. Mas era
preciso ser adesivo bacana, que tinha a ver com ela e comigo...
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Nós dois éramos um. Minha Magrela e eu,
deslizando através do vento, rolando pelo asfalto, desfilando nossa alegria
Que alegria?
Roubaram minha alegria.
Roubaram minha bicicleta!
Sobre o muro eu só suspiro...
Por
Paulo Siuves
Publicado
no livro “PALARA É ARTE – 38ª EDIÇÃO” da editora CULTURA EDITORIAL, de
Salvador/BA - 2013
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