No Calor da Madrugada
É madrugada e minha pele queima sob o lençol. A noite passou, quente. Insuportavelmente quente, porém, não sei se é mais insuportável esse calor abafado do tempo ou a urgência de saber se você está bem, se sente saudade de mim, se deseja que o tempo possa nos trazer de volta, como eu desejo para ter você entre meus braços novamente, minha pele queima desejos e arrependimentos, não sinto mais nada além do calor do seu corpo que ainda está grudado no tecido macio bem do meu lado me lembrando o quão tolo fui. Queima a chama do arrependimento nessa madrugada de calor. Preciso retirar os lençóis úmidos do meu suor. Mentira. Úmidos das minhas lágrimas de saudade, de paixão e estro. Liberdade eu dou a outro vinho, ele escorre livre para a taça de corpo aberto, vinho precioso, bebida dos deuses, rubi líquido que apaga o fogo da minha tristeza. O meu amigo mais novo é o vinho mais antigo que me dá conselhos sobre como te esquecer e dormir. Preciso voltar a dormir antes que o sol traga as novidades no jornal da manhã
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