Passarim
Por acaso eu mencionei que havia um passarinho
Que vinha duas vezes ao dia à minha janela
E bebia da água que eu lhe oferecia?
Então deixa eu te contar como era linda a nossa amizade.
Muito improvável uma amizade assim,
Entre um homem bobo e um belo 'passarim',
Ele cantava tão feliz, doce e alegre só pra mim.
Suas penas coloridas de fantasias e um bico cor de carmesim.
Vinha de manhã e acompanhava minha dejuação.
Voltava de tarde e eu ouvia a sua canção.
Já era um amigo certo, morando em meu coração.
Ele ia embora, mas sua presença ficava aqui,
Eu não me sentia sozinho, sentia certa ansiedade.
De repente ele não voltou...
Passei a sentir saudade!
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