O Bebê que Interpreta Códigos
O choro do bebê. A ansiedade do adulto. A falta daquilo que resolve o problema imediatamente naquele cenário caótico de lágrimas, vozes e tarefas outras a cumprir.
Um celular (ou um tablet) a disposição e um canal de desenhos infantis no mais recente sobrepujador de gritos infantis, especialmente dos berros com menos de dois anos de idade, aqueles agudos desesperadores que fazem mamães enlouquecerem pensando que o problema é com elas.
Não, mamãe, o problema não é você, e também, não é o bebê, é com a incapacidade dele de falar, ele não fala, somente chora. Faz grunhidos humanos que precisam ser interpretados, tipo quando tem um visitante estrangeiro em sua casa que não fala nada em português, e você também não domina absolutamente nada da língua materna e única do hóspede, tem que ser na base da interpretação de códigos.
Bebês não apontam para o que querem, não fazem sinais de cabeça, tipo, apontando com o queixo para o objeto de desejo daquele momento.
Quando o recém-nascido está com sede, não sabe olhar para a torneira de água potável e fazer menção disso “Mamãe, estou com sede!” e é melhor que continuem sem essa capacidade, sem esse poder. Porque no dia em que um bebê de dezoito meses ou menos olhar para a mamãe ou para o papai e fizer um gesto de menção desejando algo explicitamente, acho que o planeta estará pronto para entrar em rota de colisão com algum asteroide de dimensões fantásticas para acabar com tudo.
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